quarta-feira, 4 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães

O Bordado

Quando era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu sentava perto dela e perguntava o que estava fazendo. Ela respondia que estava bordando.
Eu observava seu trabalho de uma posição mais baixa que ela e sempre perguntava o que estava fazendo, pois de onde eu estava, o que ela fazia parecia muito confuso. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente dizia:
"Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu bordado chamo-te e sento-te ao meu colo, então poderás ver o bordado desde a minha posição".
Perguntava-me porque ela usava alguns fios de cores escuras e porque, de onde eu estava, pareciam tão desordenados. Minutos mais tarde, escutava-a chamando-me:
"Filho, vem, senta-te em meu colo".
Era o que eu fazia de imediato. Surpreendia-me e emocionava-me ao ver uma linda flor ou um belo entardecer no bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso. Então minha mãe me dizia:
"Filho, de baixo para cima vias tudo confuso e desordenado, porém, não te ocorria que havia um plano em cima. Havia um desenho, eu só o estava seguindo. Agora, olhando-o da minha posição saberás o que estava fazendo".

Muitas vezes na minha vida olhei para o céu e disse:
Pai, o que estais fazendo?
Ele responde: Estou bordando tua vida.
Mas está tudo tão confuso e em desordem - replico. Os fios parecem tão escuros, porque não são mais brilhantes?
O Pai parece dizer-me:
Meu filho, ocupa-te de teu trabalho... e Eu farei o meu. Um dia, trago-te ao céu e então, sentado em meu colo, verás o Plano - desde a minha posição.
     

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