Poemas escritos pelos alunos da professora
Ana Luiza da S. P. Mizoguti – Língua Portuguesa - Turma 2001 EJA
Um reflexo
Sou diferente.
Não simplesmente diferente dos outros.
Diferente até mesmo de mim.
Me olho no espelho e não me vejo.
Sou mais forte, mais frágil,
mais bonito, mais estranho,
mais metódico, mais desleixado,
mais inteligente e mais bobão
Sou diferente.
Não simplesmente diferente dos outros.
Diferente até mesmo de mim.
Me olho no espelho e não me vejo.
Sou mais forte, mais frágil,
mais bonito, mais estranho,
mais metódico, mais desleixado,
mais inteligente e mais bobão
para um mero espelho dizer-me
quem sou.
Olho uma pessoa e não a vejo como um espelho a vê,
e sim como uma folha em branco.
Quando a conheço, sim,
consigo refletir nela o que sou realmente.
Olho uma pessoa e não a vejo como um espelho a vê,
e sim como uma folha em branco.
Quando a conheço, sim,
consigo refletir nela o que sou realmente.
(Alexandre R. Quadros-2001-EJA)
"Se
queres um escudo impenetrável, permanece dentro de ti mesmo."
Henry David Thoreau
Sou assim.
Quando triste, sou calado
Quando bravo, sou esnobe
Quando feliz, sou risonho
Quando carente, sou doce
Quando esperto, sou burro
Quando burro, sou esperto
Quando feio, sou bonito
Quando bonito, sou feio
Quando amo, sou impossível
Quando odeio, não tem jeito.
(Lucas S. Almeida - Turma
2002-EJA)
Sou
em você
Sou
o autor da sua
vida,
às vezes esquecida;
Sou
triste sem lhe ter;
Sou
o que ninguém pode ver;
Sou
a água que lava,
o
caminho de sua estrada;
Sou
a maior estrela do céu, sou tão doce quanto o mel;
Sou
escudo para teu
medo,
simbolizo teu sossego;
Minha
imagem é a arte de suas mãos;
Sou
o pulso de seu coração;
Sou
o sorriso de cada dia e o silêncio da partida;
Sou
o brilho do olhar;
sou
o que te faz amar;
Sou
o templo do seu ser, onde você sofre sem querer;
Sou a história e a memória de quem busca
a mim.
Moro
na bondade e na sabedoria de quem sabe ser feliz.
(Bruna
Dadam – 2001 - EJA)
Alice
no país das maravilhas !
Mesmo
quando era pequena, conseguia ser grande,
Mesmo quando não entendia
nada, sabia algo.
Mesmo quando achava que
entendia sobre o amor,
muitas vezes me surpreendia.
Mesmo quando tinha certeza
quem eram meus amigos verdadeiros,
quebrava a cara.
Mesmo quando acreditava que o
príncipe encantado
iria chegar em um cavalo
branco,
o sapo ousava em vir pro meu
lado.
Mesmo quando me decepcionava
e pensava que nunca mais seria
feliz,
outra vez a esperança voltava
a me contagiar.
Mesmo quando sentia frio, ao
mesmo tempo sentia calor.
Mesmo quando estou chateada,
ainda sim consigo deixar um
sorriso escapar.
Mesmo quando nada mais me faz
sentido,
ainda sim acho algo pra seguir
em frente.
Mesmo quando está escuro,
ainda consigo enxergar uma luz
lá no fundo.
Mesmo quando todos quiserem
que eu desista,
continuarei tentando!
(Thaiana Pereira – 2001 –
EJA)