Francisco Chaves de Oliveira Botelho nasceu em fevereiro de 1868. Filho de Joaquim Antonio de Oliveira Botelho e Brasilia Augusta Chaves de Oliveira Botelho.
Tornou-se órfão de pai com apenas um ano de idade e de mãe com sete anos. Sendo pobre, teve seus estudos custeados por um tio. Ingressou na faculdade da Bahia e trabalhou para mantê-la, o que lhe causou um enfraquecimento pulmonar. Aconselhado por um médico amigo, depois de formado veio para repouso e cura nos Campos de Bocaina, no Município de São José do Barreiro, Estado de São Paulo.
Depois de ter exercido a medicina em Barreiro e Areias, fixou residência em Resende, onde se casou com Julieta Ferreira Leal de Oliveira Botelho (Julieta Botelho). Continuou exercendo a medicina e ingressou na política. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal, cargo que correspondia ao de prefeito, que só passou a existir a partir de 1913. Depois exerceu os mandatos de deputado estadual e, entre 1910 e 1914, presidente do Estado do Rio de Janeiro (que equivale ao cargo de governador), onde obteve vários benefícios para Resende com sua modelação urbana, calçamento, obras de água e esgoto, construção de praças,etc. Posteriormente conseguiu a ligação de Resende à velha estrada Rio-São Paulo que passava pela atual Resende-Riachuelo.
De 1927 a 1930 ocupou o cargo de Ministro da Fazenda no governo do presidente Washington Luis.
Entre tantos episódios da vida deste ilustre brasileiro, há um especial que deve ser creditado à sua folha de serviços a Resende, dada a segurança com que muitos afirmam: tendo caído a ponte de madeira que servia de ligação entre a cidade e Campos Elíseos, o povo era obrigado a servir-se de barcos e canoas. O Dr. Oliveira Botelho pleiteou ao governo do Estado a construção da ponte. Encontrando boa vontade mas escassez de recursos, empenhou apólices da dívida pública de sua propriedade, o que garantiu a construção da ponte metálica, cuja estrutura principal ainda existe e é a nossa querida ponte velha.
Foi ele também, um dos grande responsáveis, políticamente, pela imigração e assentamento dos japoneses em nossa região. No Museu da Imagem e do Som encontra-se a letra do hino composto em sua homenagem por Ramos Nogueira com Música da maestrina Guanabara Fernandes e adotado pelo Colégio Estadual Oliveira Botelho, transcrito abaixo uma parte:
Salve, salve Oliveira Botelho
De Resende imortal benfeitor
De Resende que tal qual espelho
Do progresso reflete o esplendor!
Patriarca que sois desta terra
Desta terra de que sois fanal
Tudo hoje alegrias encerra
Porque sois, para Resende, imortal!
Todo o vosso trabalho sem paga
Que a Resende, com gosto, fazeis
Nunca mais da memória se apaga
Posto que ele, perene se fez!
Neste bronze Resende vos sagra
Com carinho, com fé, com fervor,
Demonstrando o amor que consagra
Ao seu grande e imortal benfeitor.
o tempo passou
Há 6 anos